Nos anos de 1962-63, uma
grande seca atingiu o sertão baiano. A prolongada estiagem fez muita gente
passar fome. O município de Ruy Barbosa também foi atingido.
Tornou-se urgente a criação
da Cáritas Diocesana. Entrou-se em contado com a Cáritas Arquidiocesana, para
as primeiras providências. Na sede da Diocese, formou-se uma equipe para
assumir os trabalhos. Foi um grupo de voluntários que fez o levantamento da situação
da cidade. Em algumas casas foram encontradas duas famílias. Algumas que
moravam na zona rural vieram para perto dos parentes que residiam na cidade.
Constatou-se que perto de 700 famílias estavam passando necessidade.
A Cáritas Diocesana começou
a receber ajuda, em forma de alimento e roupa. Uma vez por semana, as pessoas
cadastradas recebiam a sua cota. E levavam para casa um pouco de farinha,
feijão, fubá, óleo e outros alimentos que chegavam da Cáritas Nacional.
Com a dificuldade de
transporte, aconteceu, um dia, chegar um caminhão de alimentos do Rio de
Janeiro com frete a pagar. Por sugestão do Promotor Público que fazia parte da
equipe, e com o conhecimento da Juíza local, os sacos de farinha de trigo foram
vendidos às padarias para o pagamento do frete.
Para coordenar todo o
trabalho da Cáritas, a Diocese contou com a boa vontade, a dedicação, a
capacidade de organizar o serviço da Srta. Iraci Machado. Tornou-se uma
verdadeira mãe para centenas de irmãos que, da cidade e do meio rural, a procuravam
constantemente. Para acudir a situações mais urgentes, ela estava sempre
disposta. Não foi fácil para ela, mas conseguiu que alimentos e roupa chegassem
aos que realmente estavam precisando.”
Araújo: Dom Epaminondas José. MEIO SÉCULO DE
VIDA EPISCOSPAL, a União Editora, João Pessoa-PB, Fevereiro de 2010.
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